Foi brincando, dentro de uma brinquedoteca, que o neto da dona Silvana Pereira Cavassin começou a falar, aos 9 anos de idade. “O Vitor não falava, não se comunicava, não interagia. Ele foi encaminhado, pela escola, para tratamento com psicólogo aqui na Associação Serpiá e ficou por quatro anos. No começo ele não gostava de vir, depois começou a gostar mas não queria ir pra sala do psicólogo, só queria ficar na brinquedoteca. Então, durante todo o tempo, os atendimentos foram feitos na brinquedoteca, com o Vitor brincando e o psicólogo acompanhando. Hoje o Vitor vai pra escola sozinho, as professoras falam que evoluiu muito e ele tem até um canal no
Youtube”, conta dona Silvana.

Dia 28 de maio é o Dia Internacional do Brincar. Reconhecida pela UNICEF e celebrada em mais de 40 países em todo mundo, incluindo o Brasil, a data é comemorada há 23 anos. Este dia relembra que o brincar é um direito essencial da criança (Artigo 31º da Convenção sobre os Direitos da Criança das Nações Unidas e Art. 16 do Estatuto da Criança e Adolescente, no Brasil).

A Semana Mundial do Brincar, de 20 a 28 de maio, é uma campanha para a sensibilização da sociedade sobre a importância do brincar na infância. As brincadeiras tem papel único no desenvolvimento emocional, mental e físico da criança e, por meio do brincar, ela percebe a si mesma e aos outros; se expressa; faz vínculos afetivos; elabora sentimentos; descobre e compreende o mundo.

OSC Associação Serpiá:

A Associação Serpiá é uma clínica interdisciplinar na área de saúde mental que disponibiliza a crianças e adolescentes em vulnerabilidade os serviços de Assistência Social, Brinquedoteca, Fonoaudiologia, Musicoterapia, Psicologia, Psiquiatria e Terapia Ocupacional. Foi por meio de um convênio com a Prefeitura de Pinhais, que o neto da dona Silvana foi encaminhado para atendimento na Associação. Mais de 95% dos atendimentos realizados são gratuitos.

“Um dos diferenciais da clínica Serpiá é a brinquedoteca. Com um grande número de jogos e brinquedos, o espaço possibilita aos pacientes se expressarem, interagirem com outras crianças e os ajuda a aprender, de forma lúdica, a lidar com suas questões. Brincar faz parte da terapia”, explica a presidente da Associação, Cely Maria Lima.

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